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quarta-feira, abril 24, 2024
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Abusos, anorexia, suicídios – A ordem religiosa em que freiras eram feitas escravas sexuais na França

Suicídios, abusos físicos e mentais, antidepressivos e anorexia faziam parte do cotidiano de uma ordem religiosa na França onde freiras foram transformadas em “escravas sexuais” por padres da congregação – caso que veio à tona após declaração do Papa Francisco.

O papa reconheceu, na terça-feira, que padres cometem abusos sexuais contra religiosas. “Há sacerdotes e bispos que fizeram isso e ainda fazem”, declarou o Pontífice.

A Comunidade de Saint Jean – apontada pelo Vaticano como uma ordem onde as freiras foram escravizadas, até sexualmente – foi fundada em 1975 pelo padre francês Marie-Dominique Philippe.

Autor da “teoria do amor de amizade”, que ele utilizava para assediar religiosas e justificar os abusos, o padre Philippe, falecido em 2006, foi acusado por autoridades da Igreja de “desvios afetivos e sexuais”.

A revelação de abusos praticados na Comunidade de Saint Jean, em 2013, feita pelo superior que assumiu o comando da ordem, encerrou definitivamente o processo de beatificação do padre Philippe.

Vários padres da Comunidade de Saint Jean (apelidados de “cinzinhas” por causa da cor de suas batinas) foram julgados na França por agressões sexuais, incluindo pedofilia.

Os rumores existiam há anos. Iniciativa rara nos meios religiosos, o padre Thomas Joaquim, que dirige a ordem desde 2010, alertou internamente os membros da congregação que seu fundador e outros religiosos cometeram “gestos contrários à castidade”.

Em um “livro negro da fraternidade de Saint Jean”, realizado pela associação de Ajuda às Vítimas de Desvios de Movimentos Religiosos na Europa (Avref), há depoimentos de vítimas do padre Philippe e de outros clérigos.

Fonte: msn.com

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