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sábado, abril 20, 2024
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As queimadas prejudicaram 750 mil consumidores da Cemig no ano de 2017

Balanço realizado pela Cemig aponta que aproximadamente 750 mil clientes ficaram sem energia elétrica em 2017 após incêndios atingiram a rede elétrica. No período, foram registradas 794 interrupções na área de concessão da empresa, a maioria nas regiões Metropolitana, Leste e Sul.

Na região Triângulo, foram 111 interrupções causadas por queimadas, deixando 118.667 mil pessoas sem o fornecimento de energia elétrica. Em 2018, de janeiro a maio, foram 08 ocorrências e 92 clientes afetados.

 

Para minimizar os danos provocados pelas queimadas e antecipando-se ao período seco, a Cemig realiza anualmente ações preventivas, investindo em limpeza de faixas de servidão, com a poda de árvores e arbustos, remoção da vegetação ao redor das torres e aplicação de pintura antichamas nos postes de madeira em locais de risco.

 

Porém, de acordo com o engenheiro eletricista Demetrio Aguiar, da Cemig, essas ações não são suficientes, já que a maioria dos incêndios são decorrentes de práticas humanas impróprias ou imprudentes.

 

“A principal causa de incêndios florestais em Minas Gerais são as queimadas preparatórias de pastos e de terrenos para plantio, que acabam fugindo do controle dos agricultores e se espalham rapidamente, especialmente em períodos de altas temperaturas e baixa umidade do ar. Além disso, a queima de lixo e o descarte de cigarros acesos na beira das estradas também geram muitos incêndios em nosso estado”, explica o especialista.

 

Ainda de acordo com Demetrio Aguiar, ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar danos aos postes e consequente destruição dessas estruturas e de cabos condutores. Nessas situações, é necessário substituir os equipamentos, atividade que demanda tempo e gera demora para religar os circuitos atingidos. “Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores”, ressalta o engenheiro.

 

Não apenas danos ao setor elétrico, as queimadas prejudicam também a segurança de motoristas, que têm a visibilidade das pistas prejudicada devido à fumaça. Já na lavoura, os produtores rurais observam a redução da produtividade nas áreas de cultivo atingidas pelo fogo. Entre os diversos problemas ambientais, vale destacar o impacto das queimadas na fauna, já que os incêndios florestais destroem o habitat e, muitas vezes, matam os animais impossibilitados de fuga.

 

Queimada autorizada

Demetrio Aguiar destaca que, para fazer queimadas, é necessária a autorização do Instituto Estadual de Floresta (IEF) (0800 283 2323), Ibama ou órgãos competentes. Se autorizada, a prática deve ser feita de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impeçam a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito por meio de valas ou da limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo.

 

Dicas importantes

Além disso, Demetrio Aguiar ressalta que as pessoas devem evitar jogar pontas de cigarro no chão, especialmente perto de qualquer tipo de vegetação e, apagar com água o resto do fogo em acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata.

 

Também não se deve realizar queimadas a menos de 15 metros de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.

 

A Cemig lembra que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer o crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano ambiental causado.

 

Em caso de incêndios, o Corpo de Bombeiros (193) ou as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem ser avisados o mais depressa possível.

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