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sexta-feira, abril 19, 2024
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Dia Internacional da Luta contra o Racismo

A Fundação Zumbi dos Palmares reuniu alunos e ex-alunos do Prevesti, além de pessoas convidadas, para comemorar os 20 anos de criação do curso pré-vestibular em Ituiutaba e também o Dia Mundial de Luta para a Eliminação da Discriminação Racial. “Esta é uma data muito especial para todos nós. É um dia de comemoração, mas também é de reflexão. Infelizmente, vivemos em uma sociedade onde temos que lutar todos os dias por espaço e reconhecimento”, disse a diretora da Fumzup, Dara Nicácio.

Segundo ela, o Prevesti é muito mais que apenas um cursinho pré-vestibular e preparatório, destinado a atender a população negra e carente de Ituiutaba e cidades vizinhas. “O Prevesti surgiu no momento em que era grande a busca por um espaço onde pudéssemos discutir e difundir conhecimentos sobre a realidade do negro no Brasil, partindo da ótica dos próprios negros. Onde pudéssemos nos focar na construção da identidade negra, elevação da auto-estima e desenvolver propostas afirmativas para a promoção da igualdade racial, de oportunidades, tratamento e de conhecimento cultural”, afirmou.

A solenidade realizada na Escola Estadual João Pinheiro, na última quarta-feira, contou ainda com a participação da ex-aluna do Prevesti de Ituiutaba, hoje Mestre em Educação, Isabel Cristina da Costa Silva, que fez uma explanação sobre sua trajetória desde a época em que freqüentou o cursinho pré-vestibular. “A oportunidade que eu tive, vocês também estão tendo. Agarrem com todas as forças. Nós podemos o que nós queremos”, disse ela.

Segundo Isabel Cristina, o negro e o pobre são colocados à margem da sociedade e submetidos à intolerância que impõe a eles uma falsa idéia de que não são capazes de vencer os obstáculos. “Nós não podemos aceitar jamais esta imposição da sociedade em que vivemos. Temos que acreditar no nosso potencial. Temos que conquistar o nosso espaço. E a educação é o caminho mais curto para que possamos atingir os nossos objetivos. Quem foi que disse que, por sermos negros e pobres, não podemos freqüentar uma universidade? Claro que podemos. Basta que para isso, façamos a nossa parte”, concluiu.

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