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sábado, abril 20, 2024
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Escritor e professor Anderson Pereira fala sobre a geografia e a religiosidade

Ituiutaba – Com mais de 30 livros publicados e uma história em Ituiutaba que já está completando 10 anos, hoje o escritor e professor da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), que também é sacerdote do ILÈ ÀSE TOBI BABÁ OLORIGBIN, com seus 33 anos de Umbanda e outros 22 de Candomblé, Anderson Pereira, fala um pouco desse seu trabalho na Gazeta. Na oportunidade Anderson falou sobre alguns de seus projetos na cidade tijucana, sobre religião e também sobre geografia.

Gazeta – Quando foi seu primeiro contato com a religião?

Anderson – Na verdade desde quando me entendo por gente, por volta de meus 7 anos, tenho lembranças de acompanhar minha mãe e meu pai, indo nos centros Kardecistas e minha mãe, de vez em quando, indo nos terreiros de Umbanda. Então eu não tive um primeiro contato, eu sempre estive presente nela.

Gazeta – Como foi vir morar em Ituiutaba, uma cidade do interior?

Anderson – Foi uma adaptação grande, pois eu estava realmente acostumado com outro universo, mas residir aqui, me proporcionou a oportunidade de estudar essa cultura riquíssima do interior e ela acabou me completando como pessoa. Me concentrando na cultura popular, foi quando escrevi o livro: Espaço e Cultura na Religiosidade Afro-Brasileira, no ano de 2015. Depois disso, já em 2017, escrevi Ritos Iniciáticos Espaço Sagrado. Em 2018, organizei o livro “Meu Povo de Fé” com mais de 30 autores. Em 2019, escrevi “Ritmos e Cores do Catolicismo Negro em Ituiutaba”. E estes são apenas alguns dos livres que escrevi sempre buscando evidenciar o local onde estou, no caso Ituiutaba.

Gazeta – Como foi sua caminhada e quando houve um ponto de encontro entre a geografia e a religiosidade?

Anderson – Eu me formei em Geografia, pela Universidade Federal do Espírito Santo, fiz meu mestrado na USP e fiz meu doutorado na Europa, em uma Universidade de Madri, e desde então trabalho com questões relacionadas ao desenvolvimento, e tenho o grato prazer de fazer isso também no meu terreiro, por meio de projetos de ações na comunidade. E importante falar que como a religião sempre fez parte da minha vida, ela sempre fez parte também dos meus estudos e com isso aconteceu quase que naturalmente este ponto de contato, entre a geografia e a religião.

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