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sábado, abril 20, 2024
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Fevereiro marca a luta contra o Câncer

O segundo mês do ano é caracterizado por ser um marco na luta contra o câncer. Fevereiro Laranja, como é conhecido, é o Mês de Combate à Leucemia, um tipo de câncer de sistema sanguíneo. Além disso, no dia quatro, é comemorado o Dia Mundial do Câncer. Essa data foi criada em 2005 pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) e tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a doença, que mata mais de oito milhões de pessoas todos os anos no mundo.

As Leucemias se iniciam com a mutação de um ou mais glóbulos brancos que começam a se proliferar de maneira desorganizada e acelerada. Elas podem ser agudas ou crônicas. A primeira forma acomete adultos e idosos e são as manifestações consideradas mais graves dessa doença.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para novos casos da doença pode chegar a 10.800, sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres. O INCA fala, ainda, que esses valores correspondem a um risco estimado em 5,75 novos casos a cada 100 mil homens e 4,56 para cada 100 mil mulheres, exceto para os cânceres de pele não melanoma. Por isso, a leucemia ocupa a nona e décima posição conforme o sexo, em frequência de tipo de câncer mais comum.

Segundo o Hematologista do Santa Genoveva, Virgílio da Costa Farnese, as leucemias têm dois picos de prevalência bem distintos e é um pouco mais comum no sexo masculino. “A Leucemia Linfoblástica ou LLA é o câncer mais comum na infância, atingindo com mais frequência a faixa etária dos dois aos cinco anos de idade, mas, também, pode acometer crianças até um ano de idade e, em menor frequência, o adulto jovem e idoso. Na década de 1970 as chances de cura nas crianças eram de aproximadamente 20%. Atualmente, com o avanço nos tratamentos, essas chances em alguns centros podem chegar a 90%, com excelente prognóstico. Com o envelhecimento, a Leucemia Mielóide Aguda e os tipos crônicos, passam a ser as mais comuns”, afirma Farnese.

De acordo com o médico, as Leucemias Agudas são tratadas com quimioterapia e o transplante de medula óssea é reservado para casos de alto risco ou naqueles em que a doença não responde ao tratamento inicial. “As chances de recaída após resposta inicial variam conforme o tipo de leucemia e idade do paciente. O transplante de medula óssea é capaz de aumentar as chances de cura e diminuir o risco de recaída da leucemia em pacientes de alto risco ou com falha ao tratamento inicial”, garante.

“É muito importante conscientizar as pessoas que, mesmo frente a doenças graves como as Leucemias, é possível buscar a cura ou melhorar a qualidade de vida por meio de um tratamento adequado”, finaliza o médico.

 

Sintomas

Os principais sintomas das leucemias decorrem do acúmulo dos glóbulos brancos doentes, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias).

O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, geralmente indolor, febre ou suores noturnos, perda de peso sem motivo aparente, desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado) além de dores nos ossos e nas articulações. Caso a doença afete o Sistema Nervoso Central, podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação. Depois de instalada, a doença pode progredir rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado imediatamente.

 

Tratamentos

O tratamento das Leucemias Agudas é realizado com quimioterapia. As Leucemias Crônicas podem ser tratadas com quimioterapia, principalmente a Leucemia Linfocítica Crônica, ou com medicamentos orais, que inibem algumas mutações específicas que estão envolvidas com a doença, como no caso da Leucemia Mielóide Crônica e Leucemia

 

 

Linfocítica Crônica. O transplante é reservado aos casos de alto risco ou quando houve falha ao tratamento inicial. Novos medicamentos que atuam em alvos específicos foram aprovados recentemente no tratamento das leucemias, o que se acredita que pode melhorar o prognóstico daqueles casos refratários ou sem condições de transplante.

 

O Transplante de Medula Óssea 

O Transplante de Medula Óssea é um tratamento de alta tecnologia e complexidade. O procedimento é fundamental no tratamento e na busca pela cura de neoplasias hematológicas como Linfoma, Mieloma Múltiplo e Leucemia, além de alguns tumores sólidos, como o Tumor de Testículo. Vários estudos também têm revelado resultados promissores em doenças autoimunes como o Lúpus e Esclerose Múltipla.

O Santa Genoveva é o primeiro hospital de Uberlândia a realizar tal procedimento. Em menos de um ano de funcionamento, já foram realizados 15 transplantes, todos com sucesso.

 

O Serviço de oncologia e TMO

Conta com enfermaria própria, com quartos exclusivos para a realização do procedimento, enfermagem especializada e privativa, além de nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e estomatologista.

 

O Hospital

O Santa Genoveva tem o objetivo de tratar o paciente com câncer em sua integridade, oferecendo tratamento completo, desde exames de imagem, centro cirúrgico para realização de biópsias ou cirurgias, unidade de internação, centro de quimioterapia e, desde 2018, Transplante de Medula Óssea.

 

Como ser doador de medula?

Para ser doador de medula óssea, basta ir ao hemocentro e se cadastrar. O doador deverá ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante. Será colhido uma amostra de sangue e, se for compatível com algum paciente que aguarda por uma medula no banco, o doador será convidado a realizar a doação. As chances de se encontrar algum doador compatível é de 1 a cada 100 mil doadores, por isso é tão importante o cadastro de novos doadores nos hemocentros.

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