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quinta-feira, abril 25, 2024
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Pacote de ajuda de bancos privados exclui dívidas no cheque especial e cartão de crédito

 O cartão de crédito e o cheque especial, duas das modalidades de financiamento com as taxas mais elevadas da economia, ficaram de fora da prorrogação de dívidas por 60 dias para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, no pacote anunciado pelos principais bancos com o objetivo de apoiar a economia durante a pandemia do novo coronavírus.

A prorrogação por 60 dias já está sendo adotada pelas cinco principais instituições associadas à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander. Ela poderá ser aplicada aos contratos que estejam em dia e limitados aos valores já utilizados pelos clientes. 

Segundo o Itaú, Bradesco e o Santander, já é possível contratar o adiamento das parcelas, que não é automático. É preciso entrar em contato com o gerente da conta e solicitar a prorrogação, que será aplicada para apenas uma parcela por produto contratado.

Para pessoa física, a prorrogação vai abarcar linhas de empréstimo pessoal, de crédito imobiliário e para aquisição de veículos. Para as pequenas empresas, a medida será destinada apenas para financiamento de capital giro, linha utilizada pelos empreendedores para garantir o fluxo de caixa.

O cartão de crédito e o cheque especial, que respondem por 80% das famílias endividadas no País, segundo acompanhamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), não serão contemplados pelos bancos. Em janeiro, o juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito ficou em 316,8% ao ano. Já o juro do cheque especial ficou em 165,6% no período, com forte queda após o Banco Central estabelecer limite para a cobrança por parte dos bancos.

As medidas foram criticadas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Um pacote de medida que auxiliasse o consumidor deveria se preocupar com o cartão de crédito e o cheque especial, já que são nesses produtos que os brasileiros com dívidas estão pendurados hoje em dia”, diz a economista da Idec, Ione Amorim.

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