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domingo, novembro 24, 2024
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Idosos com perda auditiva são vítimas de violência psicológica

15 de junho é o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi criada em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa (INPES). No Brasil, já são mais de 30 milhões de brasileiros idosos e é urgente o debate em torno do tema.

Uma das principais dificuldades na vida de um idoso é conviver com a perda auditiva, que ocorre em consequência do processo natural de envelhecimento. E essa deficiência auditiva, quando não é tratada, é mais uma causa, dentre tantas, de violência contra os mais velhos. São inúmeros os casos de agressões verbais e maus-tratos, principalmente por parte de familiares.

A violência psicológica é uma realidade. Ela é caracterizada por atos de humilhação, desvalorização moral ou deboche, que abalam a autoestima do idoso e podem desencadear situações de isolamento, bem como depressão e distúrbios nervosos.

Estudo conduzido pela socióloga Maria Cecília Minayo, pesquisadora emérita da Fundação Oswaldo Cruz, mostrou que, em todo o mundo, mais de 60% dos casos de violência contra idosos ocorrem dentro nos lares.

“Normalmente os agressores vivem dentro de casa com a vítima. Dois terços desses agressores são filhos, que agridem mais do que as filhas, seguidos por noras ou genros, e cônjuges, nesta ordem. Os idosos quase não denunciam, por medo e para proteger os familiares”, revelou Minayo, acrescentando que “a violência faz parte da comunicação, quando se fala gritando, desprezando, abusando”, lembrou a pesquisadora.

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