O evento ContaRH, unidos para um futuro melhor, promovido pelo Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac nesta terça (17) em Belo Horizonte, reuniu centenas de profissionais de recursos humanos, contadores e líderes empresariais.
A iniciativa foi saudada pela presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Eliane Ramos: “Precisamos trabalhar a diversidade de ideias, de conexões e repertórios diferentes visando ao bem-estar das pessoas nas organizações. Para que elas encontrem o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal”, disse. Daniel Coelho, presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), destacou a relevância do ContaRH que teve a presença das entidades contábeis do país. “A profissão de contador não vai acabar com a inovação e a tecnologia. O que precisamos é buscar as qualificações necessárias”, frisou.
O presidente do Sistema Fecomércio MG, Nadim Donato, enfatizou que o valor total das contribuições dos empresários do comércio ao Sistema S é 100% voltado ao trabalhador. Ele mencionou a importância da educação e da capacitação para o futuro dos jovens e deu a notícia de que cerca de 20 mil crianças, filhos de comerciários, deverão ser atendidos pelas entidades do Sistema em futuro próximo. “O Sesc deverá educar dos dois anos até os quinze e depois, o Senac deverá oferecer o curso técnico para esse jovem ingressar no mercado”, detalhou.
Nadim explicou que outros investimentos estão sendo feitos como a construção de um parque aquático para 2 mil pessoas em Venda Nova, a implantação de sete novas unidades do Sesc no interior e a ampliação da frota de carretas de Sesc e Senac. Mais 14 carretas estão sendo compradas e se somarão às 12 carretas em funcionamento.
Representante dos empresários, Ivo Dall’Acqua Júnior, presidente executivo da Fecomércio SP com representação na OIT e Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, concordaram com a necessidade de custeio para os sindicatos patronal e laboral. Ambos reconheceram o papel positivo do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu pela cobrança da contribuição assistencial para empresas e trabalhadores não sindicalizados.
A pejotização, que vem sendo igualada à terceirização pelas jurisprudências do STF, foi tema de debate com a recomendação de que as empresas se cerquem de cuidados. “A gente vê tendência e um norte provável (de utilização da pejotização), disse o juiz do TRT/RJ Otávio Calvet. Segundo ele, caso as empresas optem pela modalidade de serviço, é preciso ter uma estratégia bem montada com o setor de recursos humanos e o setor jurídico. O auditor fiscal do trabalho Thiago Raso lembrou que Microempreendedor Individual (MEI) não é pessoa jurídica e por isso não entra na pejotização. “Tecnicamente não é pejotização. Se estiver subordinado é empregado. Ele só é MEI quando está empreendendo”, explicou.
O painel Diversidade e Gestão de Pessoas, Saúde e Segurança contou com a presença do desembargador e 1º vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), Sebastião Geraldo de Oliveira, elogiou a iniciativa do presidente Nadim Donato de realizar o evento para debater importantes questões. Ele lembrou que o mundo do trabalho vive hoje uma transição para a valorização humana. “Antes mandava quem podia e obedecia quem tinha juízo. Hoje, manda quem pode nos limites que pode”, afirmou. Diretora Latam de Diversidade, Equidade e Inclusão, Grazi Mendes ressaltou a importância de processos seletivos que sejam inclusivos. “O processo seletivo é a grande porta de entrada que vai receber um pool de talentos e sustentabilidade para a organização”, disse. Segundo ela, contratando pessoas de ambientes diversos, “as empresas ficam mais parecidas com a sociedade para a qual vendem produtos e prestam serviços.
O professor e historiador Leandro Karnal proferiu a palestra magna Caminhos para a Nova Era do Trabalho. Diante das transformações trazidas pela tecnologia, ele recomendou a reinvenção. “Tudo flui”, exemplificou, citando Heráclito (540 AC). “A única chance de eu estar bem é me reinventar constantemente”, disse. Segundo o historiador, não há volta para o mundo sem tecnologia. “Não gosta de Inteligência Artificial, morra”, emendou arrancando risos da plateia.
Sobre o Sistema Fecomércio MG
O Sistema Fecomércio MG, formado pela Fecomércio, Sesc, Senac e a Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tem o objetivo de promover o comércio mineiro e contribuir, principalmente, com o desenvolvimento social e econômico de Minas Gerais através da promoção da saúde, educação, cultura, do esporte, lazer e social. Além de oferecer apoio ao setor por meio de consultorias, benefícios, produtos e serviços especializados.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
Há 85 anos, fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.