Ituiutaba – A Secretaria Municipal de Agricultura de Ituiutaba, em parceria com a EMATER, promoveu encontro com produtores de leite do Assentamento Chico Mendes e com produtores da região do Córrego do Açude para falar sobre associativismo e sobre novas técnicas de manejo e produção. No total, as reuniões contaram com a participação de mais de 200 pecuaristas.
A Médica Veterinária da Secretaria de Agricultura, Gislaine de Fátima Carvalho falou sobre “Práticas de Ordenha”, com ênfase na importância da higienização que deve ser feita antes e após a ordenha. Falou também causas e sintomas de doenças como Mastite e Tripanossomíase.
Gislaine Carvalho encerrou sua palestra com uma abordagem sobre vantagens e desvantagens da utilização da Ocitocina sintética para aumentar a produção, uma vez que o próprio organismo do animal já produz a Ocitocina natural. Ela defende que o produto sintético bloqueia a liberação da Ocitocina natural, tornando a vaca viciada e prejudicando sua produção. “A utilização de manejo natural na ordenha resulta em vacas saudáveis e, conseqüentemente, leite de melhor qualidade além de ganho financeiro para o produtor”, concluiu.
Segundo o secretário municipal de Agricultura, Regys Braga, quanto maior o conhecimento dos produtores, melhores são suas chances de sucesso na atividade. “Queremos investir cada vez mais, neste relacionamento direto com os produtores. Palestras como estas, que focam produtividade e qualidade do leite, contribuem para melhorar a rentabilidade, uma vez que os laticínios estão cada vez mais exigentes. Na maioria das vezes, pequenos ajustes no manejo, que não requer nenhum investimento adicional, podem resultar em aumento de ganhos consideráveis para o produtor”, concluiu.
Coube ao Engenheiro Agrônomo da Emater-MG, Rodrigo Esteves de Melo, a abordagem sobre a importância do associativismo na atividade leiteira. Uma prática que já é adotada pela Assoleite, que reúne produtores da região do Córrego do Açude e do Assentamento Chico Mendes e que resulta em melhores negociações, tanto para a aquisição de insumos, quanto para a comercialização da produção com os laticínios. “Estas duas associações conseguiram uma valorização de R$ 0,46 por litro de leite em relação aos demais produtores, graças ao volume ofertado e outros R$ 0,08 por litro graças à qualidade do produto”, concluiu o extensionista.