Estou vivendo um grande dilema
Na pequena casa em que vivo nela
Vendo paisagens muito estranhas
Através dos batentes da janela
Sonhando em poder me sentir
Sem que seja preciso me ferir
Pertencente aos cômodos daquela.
Pela porta estreita que entro
Não é despertada em mim alegria
Parece que ela diminui pouco a pouco
Degrau por degrau na escadaria
E eu não tenho dúvida nenhuma:
Sempre desaba uma casa sem coluna
E esta é para mim a dor mais doída.
Querer fazer parte de um lar
Que se sonhou ter registrado no papel,
Ou ainda, aquele sorriso tenro nos lábios
O detalhe que de todos é o mais cruel,
Por que bem diferente das casas
Um amor pode não ter mais vagas
E jamais poderá ser de aluguel.
Por: Júnio Liberato