Levantamento recente da CNC (Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo), mostrou que o período de recessão econômica entre
os anos de 2015 e 2018 fez com que no Brasil houvesse perda de dezessete
fábricas por dia.
Esses dados revelam que essa ‘extinção’ de unidades industriais é decorrente do
acúmulo de perdas na produção da indústria de transformação brasileira entre
2014 e 2016. Em 2017 houve uma ligeira recuperação, mas não o bastante para se
sustentar em ascensão em 2018.
A crise na indústria em 2020 persiste. Embora haja expectativa de crescimento
em torno de 2% no decorrer do ano, restam dúvidas quanto à geração de 12 mil
unidades produtivas em 2021.
Inflexibilidade a
mudanças
O setor industrial é um dos mais competitivos e constantemente requer mudanças,
em tecnologia de automação, máquinas, equipamentos, processos e treinamentos.
As mudanças são constantes, em razão não somente da velocidade das inovações
tecnológicas, para se obter produtos de melhor qualidade, produtividade e
principalmente porque os hábitos e costumes do consumidor estão mudando.
Qualquer mudança para muitos empresários pode significar uma tortura, o apego
ao modelo de trabalho tradicional, ao jeito de sempre de fazer, ao conforto do
modelo de gestão atual, entre outras questões, leva muitos negócios à
estagnação.
Cada vez mais se tem falado sobre as questões comportamentais na área dos
negócios, isso por uma questão de simples entendimento, se tratamos a empresa
como uma ‘organização viva’ composta por seres humanos, que desempenham
importantes funções vitais para a saúde do negócio, é preciso que os
comportamentos sejam constantemente revistos.
O ambiente das organizações de sucesso não tem lugar para a inflexibilidade a
mudanças, para o excesso de egocentrismo, para ausência de visão e propósitos
futuros. Aceitar que o modelo tradicional não dá mais frutos é fundamental, e
claro, começar a repensar o papel dessa empresa no mercado e na sociedade.
Resistência à inovação
tecnológica
Não se pode falar sobre tecnologia na indústria sem mencionar a indústria 4.0,
também tratada como Quarta Revolução Industrial. Explicado de maneira bem
resumida a indústria 4.0 representa um ‘salto tecnológico’, permitindo a
automação a uma máxima potência, ou seja, os robôs conseguirão desempenhar
funções cada vez mais complexas.
Há seis princípios presentes na indústria 4.0: tempo real; virtualização;
descentralização; orientação a serviços; modularidade e interoperabilidade.
Não se pode competir no mercado das indústrias no Brasil sem rever a tecnologia
utilizada, um dos pontos importante na crise na indústria em 2020.