Novembro passou a ser conhecido por ser o mês de prevenção ao câncer de próstata, que é o tipo que mais afeta os homens do nosso país, depois do câncer de pele (não-melanoma). De acordo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final de 2018, são esperados cerca de 68.220 novos casos de câncer de próstata.
Ainda de acordo com o Portal, esse é o mais incidente tipo de câncer entre os homens em todas as regiões do País. Segundo o INCA, cerca de 95% dos homens tem algum preconceito para fazer o exame de toque retal. Desses, 37% acreditam que a doença pode ser detectada apenas com o exame PSA e não necessita do exame de toque. Dez por cento deles se recusam a fazer o exame, 32% não gostam de ir ao médico e 21% consideram que não precisam fazer o exame pois possuem uma vida saudável. O prejuízo para esta situação é a falha para detecção precoce da doença, fase com maior potencial de cura principalmente naqueles homens mais jovens onde a doença poderá causar a sua morte devida apresentar um comportamento mais agressivo.
Para o oncologista do Hospital Santa Genoveva, Rodolfo Gadia, a maioria dos cânceres de próstata apresentam causa desconhecida e a meta é quebrar a barreira do preconceito, o que impede que muitos homens se dediquem à prevenção e consigam diagnosticar a doença precocemente. “O desenvolvimento do câncer de próstata pode estar ligado às mutações genéticas herdadas ou adquiridas, além do aumento das taxas de determinados hormônios como a testosterona. Ela promove o crescimento celular da próstata e pode contribuir para o risco de câncer de próstata em homens com maior sensibilidade genética e predisposição para a formação de células defeituosas”, afirma.
Gadia explica que o diagnóstico precoce do câncer de próstata é feito através do exame de toque retal associado a dosagem do PSA no sangue. Dependendo das alterações encontradas, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença do câncer de próstata. “É necessário a realização dos exames em conjunto, ou seja, o toque retal e o PSA, pois são bem mais eficazes quando combinados, ou seja, um não exclui o outro”, garante Rodolfo.
O médico afirma, ainda, que embora seja verdade que o câncer de próstata é mais comum com o aumento da idade, homens de todas as idades devem estar atentos aos fatores de risco pessoais, principalmente com histórico familiar de câncer de próstata em parentes de primeiro grau, o que sugere que há um risco genético hereditário para desenvolver o câncer de próstata. O câncer nos homens mais idosos é geralmente mais agressivo e letal.
Rodolfo Gadia salienta que, se descoberto precocemente, o câncer de próstata apresenta boa chance de cura. “Podemos falar que é em torno de 90%, quando diagnosticado nos estágios mais iniciais)”, finaliza.