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domingo, novembro 24, 2024
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Poema: Fórmula do Amor

Senti em meu rosto, um vento gélido assoprar-me mansamente o corpo inteiro. Por um instante, me senti vago por horas, me senti alheio. Cessaram-se as cenas de amor… Já não há mais cartas no correio. Vi a pele arrepiando lentamente, o medo apressado tomou conta de mim. Por uns segundos, me senti breve. Nunca antes me senti assim. Findaram-se as vitrolas e os boleros… Os bailões de antigamente agora chegaram ao fim. Notei em minhas veias intenso calafrio, a insegurança me deixou extasiado. Por semanas me julguei sozinho, por meses me encontrei sedado. A fórmula do amor se desestruturou… Já não há mais aquele romance, aquele sentimento intensivo de antes, nos corações rebeldes dos namorados.

Por: Júnio Liberato – poeta

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