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terça-feira, maio 27, 2025
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​Quando o conhecimento transforma realidades 

FAEMG SENAR | Divulgação

Por Antônio Pitangui de Salvo, engenheiro agrônomo e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais

O acesso ao conhecimento e à informação é uma das mais poderosas ferramentas de transformação social. A qualificação profissional amplia oportunidades, reduz desigualdades e tem o potencial de impulsionar comunidades inteiras, promovendo aumento de renda e melhoria na qualidade de vida.

Essa realidade se aplica, também, ao meio rural. A agropecuária brasileira vive um processo contínuo de modernização, baseado no uso estratégico de tecnologia e gestão eficiente. Para que essa transformação alcance todos os cantos do país, é fundamental o trabalho de instituições que democratizam o acesso ao saber. Nesse contexto, o Sistema FAEMG Senar tem desempenhado um papel essencial, contribuindo diretamente para o desenvolvimento dos campos mineiros.

Um dos pilares dessa atuação é o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que se consolida como um verdadeiro agente de mudança para a agropecuária de Minas Gerais. Unindo capacitação técnica e orientação personalizada, o programa oferece aos produtores — especialmente pequenos e médios — as ferramentas necessárias para que cresçam com mais autonomia, produtividade e eficiência.

E os resultados são concretos. Para avaliar o impacto do ATeG, contratamos uma consultoria que realizou um estudo estatístico aprofundado, focado nas duas cadeias produtivas mais representativas de Minas Gerais: leite e café, nas quais somos líderes nacionais.

  • No leite, com cerca de 5 mil propriedades acompanhadas, os dados apontaram:

    • +11,15% na produção média por propriedade

    • +5,8% na produtividade por vaca

    • +20% na margem bruta ajustada

  • Na cafeicultura, os números também impressionam. Em 3.622 propriedades, os resultados foram:

    • +28% na produtividade média

    • +26% na produção total

    • -40% no custo operacional por hectare

Hoje, o ATeG está presente em 54 mil hectares de lavouras de café no estado, com uma produção estimada em 1,7 milhão de sacas por ano, movimentando cerca de R$ 4,2 bilhões. São resultados que vão além da porteira, gerando impacto direto na economia mineira.

Se hoje a agropecuária mineira supera até a mineração em importância econômica, isso se deve, em grande parte, ao trabalho técnico, comprometido e transformador do Senar Minas e de programas como o ATeG. Desde 2016, foram mais de 38 mil propriedades beneficiadas, e somente em 2025, a expectativa é alcançar cerca de 25 mil propriedades em todo o estado.

Nos orgulhamos do ATeG em Minas Gerais. Sabemos que todo investimento feito no programa se traduz em resultados concretos. Que os mineiros também se orgulhem da nossa agropecuária e sigam acreditando que conhecimento, gestão e inovação são os caminhos para garantir um futuro mais produtivo, sustentável e próspero — no campo e fora dele.

 

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